Maria Radiante


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Kitt – Michael Knight

Todos nos lembrámos da sério do senhor David Hasselhoff antes de ser o senhor Marés Vivas. Era a série com o melhor carro do universo e mais além, era um carro que falava e andava sozinho, mas acima de tudo, era um amigo do condutor que o compreendia intuitivamente. Se repararmos bem, todas as marcas de automóveis sonham ter um Kitt, porque a partir do momento em que aplicam coisas como autoestacionamento, ou lá como se chama, é porque o sonho era que andasse sozinho.

Eu adorava o carrinho pretinho lindinho, mas lá em casa, havia alguém bem mais viciado que eu… era a minha irmã que não perdia um episódio nem mesmo quando a série já dava em repeat pela milésima vez.

Ainda assim, não é a paixoneta que a minha mana tinha pelo Michael Knight brasileiro (claro que a série era “dublada” e provavelmente pelo senhor Herbert Richers – pergunto de novo, como é que eu me lembro destes nomes?), não, nada disso. A verdade é que eu tenho um metro e cinquenta e três centímetros e o marido cisma que sabe que é o nosso carro que está a chegar, não pela cor pouco usual, não pela matrícula – que ele desconhece em absoluto, deve estar guardada na mesma gaveta da memória que o código postal cá de casa… -, não pela marca ou modelo do carro, nem tão pouco pelo seu formato, mas sim porque, na realidade, cá em casa temos o Kitt e não sabíamos… ao que me constou, diz o marido que eu desapareço no banco e descobre que é o nosso carro, porque é que vai na rua sem ninguém a conduzi-lo…

É mesmo triste ser-se pequenino. Não fosse eu uma gaja com personalidade e ainda entrava em depressão com tamanho elogio… Olha agora o meu carro virou Kitt…